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TAPE

Redescobrindo a cidade com afeto

Convidamos artistas de São Paulo para sair pelas ruas da cidade em busca dos lugares com os quais possuem uma relação afetiva. Conhecer São Paulo por quem a ocupa de forma criativa, através da arte, da música, da dança, da literatura. Este é o novo projeto do Espaço Húmus, o TAPE, um mapa afetivo de artistas locais e suas criações pela cidade. O projeto contou com a parceria da casa de apostas esportivas e do cassino 888starz bet.

    Agua espejo Granadino (1953-55)

    Val Del Omar

    Ele queria encantar a […]

    I Migght Die Before I get a Rifle Device (1989)

    Walid Raad

    Nos escombros, a História. Ou uma história. No trabalho de documentação, ocupar-se inteiramente de aprender, ser humilde ante a constante destruição e reconstrução de uma memória coletiva que pulsa, fortemente, como um sangue poeirento dentro das veias de uma nação. Sim, houve guerra. Sim, houve um mosaico de um azul tão ímpar que parecem fragmentos do céu despedaçado. E sim, um fato pode até ser verdadeiro, mas memória dele é flutuante como o pó. É essa história enigmática que o artista Walid Raad trabalha em suas obras.

    The Sun Glows Over the Mountains (2012)

    Nurit Sharett

    A artista israelense Nurit Sharett se apropria da fricção da realidade e da ficção para remontar identidades e principalmente, falar da própria.

    aliciaexpo

    Fernando Pareja e Leidy Chavez

    O casal segue driblando o corpo comum, diminuindo-o para que caiba em nosso polegar, para que se encaixe e quebre, com deformações e alegorias, um estado de entender o corpo como mais do que caixa que carrega uma alma cheia de desejo, e sim agente ativo, político e com o poder de transformar.

    Los Santos Inocentes (2010)

    Mapa Teatro - Laboratorio de artistas

    A violência às vezes se disfarça de teatro, ou o teatro precisa ser violentamente inventivo, armar-se para comover. O Mapa Teatro - Laboratorio de artistas abusa das hipérboles teatrais para destrinchar micro-universos políticos.

    O Levante

    Jonathas de Andrade

    Quando um artista se lambuza da sua identidade e também se distancia dela, ele entende que está imune aos clichês, como um mel ao contrário, que repele abelhas. Jonathas de Andrade trabalha a memória coletiva do que é o Nordeste, descascando-a com uma banana, com afeto e precisão cirúrgica.

    Queréis un amo? ¡Lo tendréis! (2012)

    Juan Pérez Agirregoikoa

    Steve Seagal é violento, mas é do bem; o capitalismo é fabuloso; corte um árvore; rejeite a cultura. Com pequenos deslocamentos de palavra, a delicadeza e destreza da mão do jogador sobre o peão, Juan Pérez Agirregoikoa usa a psicologia invertida para a provocação.

    The mediated motion, 2001

    Olafur Eliasson

    Ele divide a lupa com você, então tome seu tempo. O mundo de Olafur nada mais é um instigamento a conhecer o que orbita dentro do nosso espírito. Em seus trabalhos de escultura e instalações, o artista dinamarquês busca a beleza da luz que incide, também sua fugacidade, o mistério do planeta.

    Memorial for an Art World Body (Nevermore) (2009)

    Jo Baer

    Jo Baer não conta histórias, não faz retratos, nem absorve paisagens. É uma enfraquecedora de pinturas. Não se dê ao trabalho de lê-las literalmente, é para os não-literais, para os que lançam lânguidos olhos para simbologia. Como uma açougueira de referências, recorta um braço ali, o pulo do gato pela metade, o recorte para o vazio.

    Ken Moody and Robert Sherman, 1984

    Robert Mapplethorpe

    Desnudar-se como qualquer elemento da natureza, permanecer mesmo depois da morte, como a fotografia de um homem que quebrou a haste da flor, que entendeu a beleza ímpar de ser exatamente o que se é.

    La grande victoire (1955-56)

    Asger Jorn

    Apostava nos acidentes das linhas e das formas, rompendo com tudo, como que soltando sem medo a tampa de uma panela de pressão. Uma desfiguração não violenta, onde Jorn experimentava para dar ao espectador sempre a opção de escolher.

    Spearfishing, 2013

    Peter Doig

    Não há terras estrangeiras. O viajante é o único estrangeiro. Ser estrangeiro nas pinturas de Doig é permitir-se ir além da tinta, escorregar nela, como um tobogã para uma memória que também pode se tornar sua.

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